Na ocupação da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), uma figura se destaca como símbolo de força e proteção: Edite Borari, 61 anos, parteira, curandeira e liderança espiritual do povo Borari, da Terra Indígena Maró, em Santarém (PA).
Mãe do cacique Dadá Borari e do Poró Borari, Edite é um elo essencial na luta pela educação indígena. Desde o início da ocupação, em 14 de janeiro de 2025, ela tem sido responsável por manter a espiritualidade dos manifestantes com rezas, defumações e banhos de ervas, afastando energias negativas e fortalecendo a resistência.
A Luta pela Educação
A ocupação que findará com a publicação no Diário Oficial do Estado do Pará, com o acordo com o governo, reúne mais de 500 indígenas de 14 etnias, exigiu e conseguiu a revogação da Lei nº 10.820/2024, que ameaça o ensino nas aldeias ao substituir as aulas presenciais pelo ensino remoto.
A Força de Edite
Parteira: Trouxe ao mundo inúmeras crianças indígenas, preservando a tradição do parto natural.
Curandeira: Domina ervas e benzimentos para curar e proteger.
Líder Espiritual: Mantém viva a conexão entre luta e espiritualidade, sendo referência para toda a ocupação.
“Estamos aqui com fé, lutando não só por nós, mas pelas próximas gerações. Nossa resistência é sagrada”, afirmou Edite ao Blog.
Por Sávio Maiandeua