Belém é cercada por grandes rios, mas há também rios urbanos, aqueles que o avanço da cidade foi encobrindo. O fotojornalista Sandro Barbosa, sempre presente aqui no Portal, nos proporciona uma experiência incrível com o Rio Tucunduba, um curso d’água urbano que corta a cidade de Belém, fazendo fronteira com os bairros populosos do Guamá e Terra Firme. Apesar de sua localização em uma área densamente povoada, o Tucunduba é um rio vivo, que desempenha um papel fundamental na vida cotidiana de trabalhadores e estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O rio é uma via de transporte importante, por onde desembarcam mercadorias como tijolos, pescado e madeira, que são essenciais para a economia local. O Tucunduba nasce na Rua Angustura e desce cortando os bairros do Marco, Canudos e Terra Firme, percorrendo um caminho sinuoso pela cidade. O que é ainda mais interessante é que sua nascente é localizada dentro de uma residência, o que mostra a complexidade e a relação estreita entre o rio e a vida urbana.
A importância do Rio Tucunduba é incrível, pois ele não apenas fornece recursos naturais, mas também é um símbolo da identidade cultural e histórica da região. No entanto, é fundamental que sejam tomadas medidas para proteger e preservar o rio, garantindo sua saúde e vitalidade para as gerações futuras. Aliás, os rios que cortam Belém foram transformados em canais e nunca foi pensado o quanto seria importante fazer deles vias de navegação para a população de Belém.
Sandro Barbosa percorreu o rio de dia e de noite. Das imagens do dia, em plena pandemia no ano de 2021, nasceu uma postagem aqui no Blog – LINK[
Nas fotos noturnas, flagrou umas dessas embarcações que transportam moradores das ilhas e da cidade. Como a maré estava baixa, o piloto se utiliza de uma vara de bambu para movimentar o barco.
O Tucunduba é um exemplo de como os rios urbanos podem ser mais do que apenas cursos d’água, mas sim verdadeiros caminhos de vida, que sustentam e conectam as comunidades. É preciso valorizar e cuidar desses recursos naturais, para que possamos continuar a aproveitar seus benefícios e preservar sua beleza e importância para as gerações futuras.
No ano da COP 30, seguramente podemos pensar mais e fazer mais pela natureza em Belém.
Da Redação
Ícaro Gomes
Imagens: Sandro Barbosa