Cratera na praia do Atalaia assusta banhistas

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Cratera se abre na praia do Atalaia, em SalinasUma enxurrada avançou na faixa de areia na praia do Atalaia, em Salinópolis, abrindo cratera, que assustou os banhistas. Não houve quaisquer registros de danos materiais ou vítimas.

O Corpo de Bombeiros Militar instalado no município, informou que a enxurrada se formou após o represamento de um grande volume de água nas dunas da praia do Atalaia, ocasionado por conta das fortes chuvas na cidade.

Em determinado momento, a água que estava represada cedeu e seguiu em direção ao mar, formando uma grande cratera na praia e que o fluxo de água impactou temporariamente a circulação de veículos e banhistas na área afetada“. Relatou o Corpo de Bombeiro.
A Prefeitura de Salinópolis mobilizou equipes para adotar medidas de normalização da situação, incluindo a drenagem da área e outras ações necessárias para garantir a segurança dos visitantes e comerciantes.

Maurício Botelho, morador de Salinópolis e estudioso da Ilha do Atalaia e que vez ou outra, aqui no Blog, alerta para os impactos ambientais na praia do Atalaia, pesquisou sobre o fenômeno: “O ambiente costeiro com dunas é um ecossistema dinâmico e delicado, onde a interação entre areia, vento e vegetação cria paisagens únicas e fundamentais para a preservação da costa. Nessas áreas, as dunas funcionam como barreiras naturais contra a erosão e o avanço do mar, enquanto os vales formados entre elas atuam como verdadeiras bacias naturais para a retenção da água da chuva. Essa água, ao se infiltrar lentamente no solo arenoso, ajuda a alimentar o lençol freático, garantindo a manutenção dos aquíferos subterrâneos e a disponibilidade de água para a vegetação local.A vegetação presente nas dunas tem um papel essencial nesse equilíbrio. Plantas como a erva-de-restinga, o capim-das-dunas e pequenas moitas de arbustos possuem raízes profundas e resistentes, que fixam a areia e reduzem a erosão causada pelo vento e pela água pluvial. Essas plantas impedem que a areia se desloque livremente, mantendo a estabilidade do sistema e protegendo a biodiversidade local, que inclui insetos, pequenos répteis e aves costeiras que dependem dessas áreas para abrigo e alimentação.

Quando a construção civil invade esses espaços, todo esse equilíbrio é rompido. O desmatamento para erguer edifícios e estradas destrói a vegetação estabilizadora, deixando a areia vulnerável à ação do vento e da chuva. Sem a retenção adequada, a água pluvial escoa rapidamente, arrastando sedimentos e provocando assoreamento de rios e lagoas próximas. Além disso, o rebaixamento das dunas para a construção de loteamentos altera o curso natural da água subterrânea, podendo reduzir a disponibilidade de água doce e comprometer o abastecimento de comunidades locais”. Essas informações seguramente podem ajudar nas explicações sobre o ocorrido.

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