A TRAVESSIA DE DONA IRIA SABINA EM FORTALEZINHA

Travessia

Por Alyssa Silva

Alyssa Silva

Bisneta

Minha bisavó chegou na vila de Fortalezinha aos 15 anos de idade, com seu pai Fabiano Souza, a mãe Raimunda Sabina e seu irmão José Souza, numa época que tinha pouquíssimo gente na comunidade e as casas eram de barro e palha. Ela contava que a praia era linda – como até hoje – e que parecia uma parede limpinha e naquele tempo muitas famílias faziam vasilhas de barro, panelas e alguidar. Ela foi presidente por alguns anos do Clube das Mães, faziam festas todos os anos e atraia muita gente de todos os cantos.

Ela se casou o meu bisavô Raimundo Conceição Teixeira, conhecido na ilha como “Trovoada”, tiveram 11 filhos e trabalhavam com roça e com a pesca. Ontem, 13 de maio, Ela nos deixou, e partiu para a morada eterna. Uma mulher que foi muito mais que uma bisavó — foi um exemplo de força, sabedoria e amor. Iria Sabina deixou marcas profundas em cada um que teve o privilégio de conhecê-la. Sua presença serena, suas palavras doces e sua fé inabalável continuarão vivendo em nossas lembranças e em tudo que ela construiu com tanto carinho.

             Parte da família reunida.

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