Por Emanuel Pereira
Vivendo na casa dos 73 anos, olho pelo retrovisor do tempo e me deparo com a Semana Santa de anteontem.
Devoção, respeito, ritos que ultrapassam séculos – a Paixão de Cristo comovia a comunidade e levava católicos e evangélicos às suas igrejas para um reencontro pascal, revivendo os preceitos religiosos.
Antigamente, o evento era celebrado de uma maneira essencialmente respeitosa no lar e nos templos.
Quinta Feira Santa – não se varria mais a casa; a lenha estava cortada para o consumo; o peixe salgado devidamente separado; maxixe raspado, jerimum cortado, e o cipó da repreensão entrava de licença – só voltava no sábado da Aleluia.
O silêncio envolvia o ambiente.
Tempos que se foram sucumbidos pela modernidade.
Hoje, a filosofia da sociedade mudou o viés e dita suas próprias regras.
Vamos celebrar esse momento religioso, louvando bênçãos ao filho de Deus, que doou sua vida pela salvação da humanidade – nossa salvação.
Feliz Páscoa!
- O autor é professor, escritor, cronista e historiador